Com o avanço da pesquisa científica, um fato inegável emerge: o THC, principal composto da planta de cânhamo, está ganhando reconhecimento como uma ferramenta terapêutica valiosa.
Portanto, em vez de ser visto como um vilão, é hora de reconhecer que essa substância pode ser usada para o tratamento de diversas patologias.
Neste artigo, vou mostrar a verdade por trás do THC medicinal, destacando sua eficácia, explorando suas aplicações terapêuticas e chamando a atenção para a necessidade urgente de uma mudança de perspectiva. Boa leitura!
O que é THC?
O THC, é o principal composto psicoativo encontrado na planta de cânhamo. Essa substância atua principalmente sobre os receptores canabinóides do sistema endocanabinóide, que estão distribuídos em várias regiões do cérebro e do corpo humano.
Existem dois tipos principais de receptores: CB1, predominante no sistema nervoso central, e CB2, encontrado principalmente no sistema imunológico e em tecidos periféricos.
Quando o THC se liga a esses receptores, ele pode influenciar diversas funções fisiológicas, como o controle da dor, o apetite, o humor e a memória.
Historicamente, o uso do THC em geral tem sido cercado de controvérsias e estigmas. Inclusive, a legislação em muitos países tem sido restritiva, tratando o THC como uma substância de abuso.
No entanto, avanços na pesquisa científica têm mostrado que essa visão é simplista e ignora seus potenciais benefícios terapêuticos.
Afinal, ele tem demonstrado eficácia no tratamento de uma variedade de sintomas e condições médicas, o que levanta a necessidade de uma reavaliação de seu papel na medicina moderna.
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Quais doenças o THC ajuda tratar?
O THC tem sido amplamente estudado e utilizado no tratamento de diversas condições médicas, demonstrando eficácia em várias áreas, como:
- dor crônica;
- náuseas e vômitos;
- espasticidade e espasmos musculares;
- Ansiedade e TEPT;
- distúrbios do sono;
- glaucoma;
- anorexia e caquexia.
Dor crônica
Estudos mostram que esta substância pode aliviar a dor neuropática, frequentemente resistente a outros tratamentos.
Ele funciona modulando os sinais de dor transmitidos pelo sistema nervoso ao se ligar aos receptores CB1 no cérebro e na medula espinhal, proporcionando alívio para pacientes com condições como esclerose múltipla, artrite reumatoide e lesões na medula espinhal.
Náuseas e vômitos
O THC também é eficaz no controle de náuseas e vômitos, especialmente em pacientes submetidos a quimioterapia para o tratamento do câncer.
Medicamentos como o dronabinol são frequentemente prescritos para esses pacientes, melhorando significativamente sua qualidade de vida ao permitir que mantenham uma nutrição adequada e suportem melhor o tratamento oncológico.
Espasticidade e espasmos musculares
Pacientes com esclerose múltipla e outras condições neurológicas que causam espasticidade (rigidez muscular) e espasmos podem se beneficiar do seu uso.
Ele ajuda a relaxar os músculos e reduzir a frequência e intensidade dos espasmos, melhorando a mobilidade e diminuindo a dor associada.
Transtornos de Ansiedade e TEPT (Transtorno de Estresse Pós-Traumático)
Embora o uso de THC em transtornos de ansiedade deva ser cuidadosamente monitorado devido aos seus efeitos psicoativos, alguns estudos sugerem que doses controladas podem ajudar a reduzir os sintomas de ansiedade e TEPT.
Ele pode ajudar a diminuir a hiperatividade do sistema nervoso central, proporcionando uma sensação de calma e bem-estar.
Distúrbios do sono
O THC pode ser útil no tratamento de distúrbios do sono, uma vez que propriedades sedativas podem ajudar a induzir e melhorar a qualidade do sono, embora o uso prolongado e doses inadequadas possam ter o efeito contrário.
Glaucoma
Ainda que menos comum, o THC tem sido utilizado no tratamento do glaucoma, uma condição ocular que aumenta a pressão intraocular e pode levar à cegueira. Ele ajuda a reduzir essa pressão, protegendo o nervo óptico de danos.
Anorexia e caquexia
Pacientes com anorexia nervosa ou caquexia, resultado de doenças como HIV/AIDS e câncer, podem se beneficiar do efeito estimulante de apetite que a substância traz. Isso ajuda na manutenção de peso e na melhoria do estado nutricional geral.
Conclusão
Conforme podemos ver, a demonização do THC, frequentemente alimentada por estigmas sociais e percepções errôneas, desvia a atenção das reais necessidades dos pacientes que podem se beneficiar dos seus efeitos terapêuticos.
A ciência contemporânea nos mostra que esta substância, longe de ser um vilão, possui propriedades medicinais valiosas que podem melhorar a qualidade de vida de muitas pessoas.
Por isso, é importante que a sociedade, incluindo legisladores, profissionais de saúde e o público em geral, reavaliem suas percepções sobre o THC.
Em vez de focar nas propriedades psicoativas da substância, devemos concentrar nossos esforços em entender como ela pode ser integrada de maneira segura e eficaz nos tratamentos médicos.
E eu, Dr. Jean Castro, me coloco à sua disposição para esclarecer os potenciais terapêuticos do THC e como ele pode ajudar você como tratamento de diversas patologias.