Imagine uma jovem de 30 anos que depois de várias consultas médicas e exames, recebeu o diagnóstico de esclerose múltipla (EM), uma doença autoimune que afeta o sistema nervoso central. O que fazer? Uma solução é o CBD para esclerose múltipla.
Esse composto da planta de cânhamo vem mostrando um grande potencial para esse tipo de condição, inclusive com vários estudos científicos indicando para isso.
Neste artigo, vou mostrar como o CBD pode oferecer alívio significativo para os sintomas da Esclerose Múltipla e quais são as principais evidências. Boa leitura!
O que é esclerose múltipla?
A principal característica da EM é a destruição da mielina, uma camada de gordura que envolve e protege as fibras nervosas. Essa destruição, chamada de desmielinização, interfere na capacidade dos nervos de conduzir impulsos elétricos de maneira eficiente.
A esclerose múltipla é considerada uma doença autoimune que afeta o cérebro, a medula espinhal e os nervos ópticos, atacando erroneamente a mielina como se fosse um invasor.
A causa exata da EM ainda não é completamente compreendida, mas acredita-se que uma combinação de fatores genéticos, ambientais e possivelmente infecciosos contribuam para o desenvolvimento da doença.
Existem várias formas de esclerose múltipla, incluindo:
- EM Remitente-Recorrente (EMRR): é a forma mais comum, caracterizada por surtos de sintomas seguidos por períodos de remissão parcial ou total;
- EM Secundariamente Progressiva (EMSP): evolução da EMRR, onde há um agravamento contínuo dos sintomas entre os surtos;
- EM Primariamente Progressiva (EMPP): menos comum, caracterizada por um agravamento constante dos sintomas desde o início, sem surtos claros;
- EM Progressiva-Recorrente (EMPR): uma forma rara, onde há uma progressão constante dos sintomas desde o início, com surtos agudos intercalados.
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Quais são os sintomas da esclerose múltipla?
A esclerose múltipla apresenta uma ampla variedade de sintomas que podem variar significativamente de uma pessoa para outra. Esses sintomas dependem de quais partes do sistema nervoso central são afetadas e da extensão do dano. E os principais são:
- fadiga;
- problemas de visão;
- problemas motores;
- problemas sensoriais;
- problemas de equilíbrio e coordenação;
- problemas de bexiga e intestino;
- problemas cognitivos;
- problemas emocionais;
- problemas de fala e deglutição;
- dor.
Fadiga
É um dos sintomas mais comuns e debilitantes da esclerose múltipla. A fadiga relacionada à EM pode ser física ou mental e muitas vezes não está relacionada à quantidade de atividade realizada.
Problemas de visão
A neurite óptica, que é a inflamação do nervo óptico, pode causar visão embaçada, perda parcial ou total da visão, dor ao mover os olhos e visão dupla.
Problemas motores
Fraqueza muscular, falta de coordenação, espasticidade (rigidez muscular) e tremores são comuns, podendo dificultar a realização de tarefas diárias e afetar a mobilidade.
Problemas sensoriais
Dormência, formigamento, sensação de queimação ou outras sensações anormais podem ocorrer em várias partes do corpo.
Problemas de equilíbrio e coordenação
A ataxia, que é a falta de coordenação dos movimentos musculares, pode causar dificuldade para caminhar, tontura e perda de equilíbrio.
Problemas de bexiga e intestino
A disfunção da bexiga é comum e pode incluir urgência urinária, incontinência e dificuldade para esvaziar a bexiga completamente. Problemas intestinais, como constipação, também são frequentes.
Problemas cognitivos
A esclerose múltipla pode afetar a memória, a atenção, a concentração e a capacidade de processar informações. Isso pode levar a dificuldades em realizar tarefas complexas ou em tomar decisões.
Problemas emocionais
Depressão, ansiedade e alterações de humor são comuns em pessoas com EM. Isso pode ser resultado direto da doença ou uma reação ao lidar com uma condição crônica e imprevisível.
Problemas de fala, deglutição e dor
Algumas pessoas podem experimentar dificuldades para falar claramente (disartria) e para engolir (disfagia). Além disso, a dor neuropática, causada por danos aos nervos, pode ser aguda ou crônica e afetar diferentes partes do corpo.
Como o CBD pode ajudar na esclerose múltipla?
O CBD, um dos principais compostos da planta de cânhamo, tem atraído atenção significativa como um tratamento potencial para várias condições médicas, incluindo a esclerose múltipla (EM). Afinal, ela proporciona:
- redução da dor;
- controle da espasticidade muscular;
- redução da inflamação;
- melhoria da qualidade do sono;
- alívio da ansiedade e depressão;
- neuroproteção.
Redução da dor
Estudos sugerem que o CBD para esclerose múltipla pode ajudar a aliviar a dor ao interagir com os receptores do sistema endocanabinoide do corpo, que desempenham um papel crucial na regulação da dor.
Controle da espasticidade muscular
A espasticidade, ou rigidez muscular, é outro sintoma frequente da EM. O CBD tem propriedades relaxantes musculares que podem ajudar a diminuir a espasticidade, proporcionando alívio e melhorando a mobilidade.
Redução da inflamação
A esclerose múltipla envolve a inflamação crônica do sistema nervoso central, que danifica a mielina e causa os sintomas da doença. O CBD possui propriedades anti-inflamatórias que podem ajudar a reduzir essa inflamação.
Melhoria da qualidade do sono
O CBD pode ajudar a melhorar a qualidade do sono, promovendo o relaxamento e reduzindo a ansiedade. Um sono melhorado pode, por sua vez, ajudar a reduzir a fadiga e melhorar a função geral durante o dia.
Alívio da ansiedade e depressão
A ansiedade e a depressão são frequentes entre pacientes com esclerose múltipla, impactando negativamente sua qualidade de vida. O CBD tem demonstrado ter efeitos ansiolíticos e antidepressivos, melhorando o humor e a saúde mental dos pacientes.
Neuroproteção
Estudos indicam que o CBD pode ter propriedades neuroprotetoras, o que significa que pode ajudar a proteger o sistema nervoso. Essa neuroproteção pode ser benéfica para retardar a progressão da esclerose múltipla e preservar a função neurológica.
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Conclusão
Conforme podemos ver, o uso do CBD para esclerose múltipla (EM) oferece uma nova esperança para muitos pacientes que buscam alívio dos sintomas debilitantes dessa doença crônica.
No entanto, é crucial reconhecer que, apesar das evidências promissoras, a pesquisa sobre o CBD e a esclerose múltipla ainda está em desenvolvimento.
Ensaios clínicos mais extensos e rigorosos são necessários para confirmar a eficácia e a segurança do CBD no tratamento da EM.
Por isso, os pacientes devem sempre consultar um especialista antes de iniciar qualquer novo tratamento, incluindo o uso de CBD, para garantir que seja adequado para sua condição específica e para evitar possíveis interações medicamentosas.
E eu, Dr. Jean Castro, me coloco à sua disposição para avaliar o seu caso, e propor o uso do CBD para esclerose múltipla se necessário. Entre em contato comigo e saiba mais!